Clarence Thomas, o juiz mais conservador do tribunal, aceitou presentes do empresário Harlan Crow, como cruzeiros em um megaiate e voos de jato particular, e não declarou nada disso. Clarence Thomas em 7 de outubro de 2022
Evelyn Hockstein/Reuters
O presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, John Roberts, foi convidado nesta quinta-feira (20) a depor perante o Congresso sobre uma ampla controvérsia que envolve um de seus pares, o juiz Clarence Thomas.
Thomas, o juiz mais conservador do tribunal, aceitou presentes do empresário Harlan Crow, como cruzeiros em um megaiate e voos de jato particular, e não declarou nada disso.
“As revelações sobre juízes que não estão à altura das normas éticas esperadas seguem aumentando”, afirmou o chefe do Comitê Judicial do Senado, Dick Durbin, em uma carta ao juiz Roberts, convidado a testemunhar no Senado em 2 de maio.
Thomas rejeitou as acusações e diz que não tinha conhecimento das regras que regem a declaração dessas viagens.
Após as revelações sobre os presentes que recebeu de Crow, alguns democratas pediram sua renúncia.
Mulher de Thomas
Não é a primeira vez que Thomas se envolve em uma controvérsia: sua esposa Ginni, lobista e militante conservadora, esteve envolvida na campanha do ex-presidente Donald Trump para mostrar, sem provas, que a eleição presidencial de 2020 teria sido roubada.
Após a divulgação de mensagens e e-mails enviados por Ginni, a esquerda americana denunciou um possível conflito de interesses e pediu que seu marido se afastasse de qualquer caso eleitoral.
Nomeado pelo presidente republicano George H. W. Bush em 1991, Thomas foi confirmado no cargo apesar das acusações de assédio sexual de sua ex-assistente Anita Hill, que ele nega.
Presidente da Suprema Corte dos EUA é chamado para depor no Congresso sobre Clarence Thomas, um dos juízes do tribunal
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