Quatro morrem em incêndios na região central de Portugal

Chamas também deixaram 40 feridos e destruíram dezenas de casas. Região no entorno de Aveiro é a mais crítica, mas, nesta terça, país tinha 48 incêndios ativos, e mais de 5.000 bombeiros tentavam controlar o fogo. País tem previsão de clima seco e calor intenso nos próximos dias. Quatro pessoas morreram por conta de incêndios que atingem o entorno de Aveiro, na região central de Portugal, segundo afirmou nesta terça-feira (17) a agência de notícias estatal portuguesa Lusa.
A região é a mais crítica da onda de incêndios que atinge Portugal nesta semana. Em todo o país, autoridades registraram 48 focos, e cerca de 5.000 bombeiros trabalhavam para tentar conter as chamas.
Várias rodovidas foram fechadas nesta terça, incluindo um trecho da estrada principal que Lisboa a Porto, e conexões de trem em duas linhas ferroviárias no norte de Portugal foram interrompidas também por conta da proximidade com dois focos ativos de incêndios florestais.
Além dos quatro mortos, 40 pessoas ficaram feridas, e dezenas de casa de povoados no entorno de Aveiro foram destruídas. Imagens reigstradas pela agência de notícias Reuters mostraram moradores locais despejando baldes de água em chamas que avançavam perto da cidade de Nelas, a 50 quilômetros de Aveiro.
Só em Aveiro, os incêndios queimaram mais de 10.000 hectares (24.710 acres) de floresta e matagal nos últimos dois dias, disseram autoridades, aproximadamente a mesma área que foi consumida por incêndios até o final de agosto em todo o país. O comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, disse na segunda-feira à noite que os incêndios de Aveiro podem engolir mais 20.000 hectares.
Portugal e a vizinha Espanha registraram menos incêndios do que o normal após um início de ano chuvoso, mas ambos permanecem vulneráveis ​​às condições cada vez mais quentes e secas que os cientistas atribuíram ao aquecimento global.
As temperaturas ultrapassaram 30 graus Celsius (86 graus Fahrenheit) em todo o país no fim de semana, quando os incêndios começaram e foram alimentados por ventos fortes. A agência meteorológica IPMA prevê que eles permanecerão acima de 30 C (86 F) pelos próximos dois dias, em meio à umidade extremamente baixa.
O perigo de incêndios permanecerá “alto, muito alto ou máximo” nas regiões norte e centro, disse.
“Precisamos ser realistas. Teremos horas difíceis nos próximos dias e temos que nos preparar para isso”, disse o primeiro-ministro Luis Montenegro aos repórteres na noite de segunda-feira.
O governo solicitou na segunda-feira ajuda da Comissão Europeia sob o mecanismo de proteção civil da UE, levando Espanha, Itália e Grécia a enviarem duas aeronaves de bombardeio de água cada.

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