Jack Douglas Teixeira, de North Dighton, Massachusetts, foi preso pelo FBI em sua casa na quinta-feira sem incidentes. Autoridades dos EUA ainda estão avaliando os danos causados pelos vazamentos. Jack Teixeira no momento da prisão, em 13 de abril de 2023
Reprodução/Vídeo
O militar acusado pelos Estados Unidos de vazar dezenas de documentos secretos da inteligência militar norte-americana chegou nesta sexta-feira (14) a um tribunal em Boston para prestar depoimento.
Jack Teixeira, um integrante da Guarda Nacional da Força Aérea dos Estados Unidos de 21 anos, foi apontado na quinta-feira (13) como o autor do vazamento dos papéis, que circularam nos últimos dias na imprensa e pelas redes sociais. Ele foi preso pelo FBI em sua casa, em Massachussets, e não ofereceu resistência.
Na sessão judicial, ele se apresentará diante de um juiz federal.
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Os documentos confidenciais vazados no centro da investigação foram publicados online em um site de mídia social em março, mas apenas na semana passada a notícia do vazamento veio à tona, através de uma reportagem do jornal “The New York Times”.
Os papéis revelaram, entre outras coisas:
Os planos dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para fortalecer o Exército ucraniano;
Que espiões dos EUA se infiltraram em órgãos governamentais de guerra da Rússia;
Que forças especiais do Ocidente atuam dentro da Ucrânia;
Que o Egito planejou secretamente enviar armas à Rússia;
Acredita-se que seja a violação de segurança mais grave desde que mais de 700.000 documentos, vídeos e telegramas diplomáticos apareceram no site do WikiLeaks em 2010.
Autoridades dos EUA ainda estão avaliando os danos causados pelos vazamentos, que incluíam registros mostrando supostos detalhes de vulnerabilidades militares ucranianas e informações sobre aliados, incluindo Israel, Coreia do Sul e Turquia.
Embora os documentos da acusação contra Teixeira ainda não tenham sido divulgados, o secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland, disse na quinta-feira que ele estava sendo preso em conexão com “uma investigação sobre suposta remoção, retenção e transmissão não autorizada de informações confidenciais de defesa nacional”.
Qualquer pessoa condenada por transmitir intencionalmente informações de defesa nacional pode pegar até 10 anos de prisão. Teixeira pode enfrentar uma sentença mais longa, dependendo das acusações feitas contra ele.
Militar acusado de vazar documentos secretos dos EUA chega a tribunal para prestar depoimento
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